quinta-feira, novembro 30, 2006

Sem forças?


Tenho "corrido" de uma forma estonteante nos últimos tempos. Há muitas coisas que necessitam ser feitas e não tenho conseguido fazer por causa de um turbilhão de imprevistos. Desde o segundo final de semana de novembro as coisas ficaram um tanto quanto tumultuadas.


A igreja de Paranaguá se encontra num período de mudança de pastor, e estou procurando de todas as maneiras conseguir uma casa decente para o novo pastor, coisa que tem se mostrado na beira da impossibilidade. O valor do aluguel em Paranaguá é extremamente alto se comparado com certas cidades do Brasil somada ao péssimo estado dos imóveis. Realmente não sei o que fazer a não ser esperar que Deus entre com alguma providência. Este final de semana comecei novamente a pregar depois de uma pausa técnica de uns 10 dias pois estava totalmente afônico, cheguei fazer uma "laringoscopia". O resultado? Tudo está em ordem.



A seguir estarei tentando reproduzir de memória a mensagem que preguei no Domingo em nossa igreja:



Isaias 40:28-31: "Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fatiga? E inescrutável o seu entendimento. Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão".



Todo cristão deve ter a experiência de estar muito próximo de Deus; esta experiência não só é possível como é necessária, pois forma o nosso caráter espiritual. Há, no entanto algo que todo bom servo de Deus com certeza também já experimentou: Momentos de amortecimento e falta de força (resultante ou não de certas circunstâncias em nossa vida) que se manifesta através de um sentimento de que Deus está muito distante, sim, bem longe de nós. Conhecemos ao nosso Deus, porém parece que algo em nós, talvez um sentimento inexplicável, nos mantém distante de Deus e impossibilitados de mudarmos esta situação com nossas próprias forças. Não estou falando de pessoas que estão em pecado, é conhecido de todos que o pecado separa o homem de Deus. Estou falando do cristão consagrado a Deus.


Este foi o caso de Jó no Antigo Testamento. Relatando este sentimento enquanto passava por sua dura prova lemos: "Eis que vou adiante, mas não está ali; volto para trás, e não o percebo; procuro-o à esquerda, onde ele opera, mas não o vejo; viro-me para a direita, e não o diviso. Mas ele sabe o caminho por que eu ando; provando-me ele, sairei como o ouro. Os meus pés se mantiveram nas suas pisadas; guardei o seu caminho, e não me desviei dele. Nunca me apartei do preceito dos seus lábios, e escondi no meu peito as palavras da sua boca". Jó 23: 8-12



Este se "sentir distante" e sem forças é algo que precisa ser encarado com naturalidade, pois não passa de uma maneira diferente de Deus operar em nossas vidas. Deus não somente estava perto de Jó (que não o percebia), como estava acompanhando cada atitude, sentimento, suplício e acontecimento. Deus era imperceptível, porém extraordinariamente presente.


Momentos assim são muito importantes em nossa vida espiritual pois representam uma oportunidade dupla: perigo e grandes possibilidades. Perigo, pois se nos conformarmos ou abatermos com esta situação o resultado será mornidão laodiceana ou a frieza sepulcral da morte espiritual. Grandes possibilidades pois este momento mostra quem nós realmente somos em Deus. Muitas vezes temos uma visão errônea a nosso respeito, porém a fornalha da provação mostra as impurezas ocultas. Este é o momento em que Deus pode moldar as nossas vidas e aprimorar nosso caráter cristão. Nosso sucesso, tal qual o de Jó, depende de termos Deus assentado no "trono" de nossa vida. Os problemas, distâncias e fraquezas não devem tirá-lo do centro de nossas vidas. Adore a Deus no meio das cinzas. Glorifique o em meio às suas tribulações, pois esta é a hora em que o nosso testemunho vai além das palavras. É a hora que nossas palavras valem tanto quanto nossas atitudes. Este é o momento em que nossas atitudes se fundem à adoração. Oh... Quão preciosa e valiosa neste momento, é nossa adoração para Deus.


Nos momentos de amortecimento e falta de força vemos quem realmente somos. Nestes momentos devemos estar esperando em Deus. Devemos colocar nossa confiança nEle. Por isto a Bíblia nos exorta em Hebreus 12: 12 e 13: "Portanto levantai as mãos cansadas, e os joelhos vacilantes, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que é manco não se desvie, antes seja curado.


Nossa cura, nosso renovo é estar fazendo o que é certo aos olhos de Deus apesar de todas as circunstâncias, pois chegará a hora em que ele renovará as tuas forças. E você constatará que... "...provando-me ele, sairei como o ouro". Afinal de contas esta situação toda foi uma tremenda experiência com Deus, mesmo que em meio dela não tenha sentido sequer que ele estivesse perto.


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